segunda-feira, 22 de agosto de 2011

''O Brasil precisa de consenso sobre o que quer na educação''



Aos 39 anos, o brasileiro Paulo Blikstein tem muitas conquistas no currículo. Formado pela Universidade de São Paulo (USP), ele é professor da Universidade de Stanford e acaba de ganhar o Early Career Award, da National Science Foundation (NSF).
O prêmio é um dos mais importantes dos Estados Unidos e é concedido a jovens docentes. Blikstein receberá US$ 600 mil para investir em seu projeto, que consiste numa forma inovadora de ensinar conteúdos avançados de ciências nos ensinos fundamental e médio.
"Esse prêmio significa o reconhecimento, mesmo por uma instituição relativamente conservadora, de que as ideias que defendo são possíveis", disse. Ele vai participar do encontro internacional de educação Sala Mundo Curitiba 2011, nos dias 17 e 18. Leia entrevista que ele concedeu ao Estado.
No que consiste a pesquisa?
Ciência de ponta não é feita mais só com tubos de ensaio, é feita com tubos de ensaio conectados a computadores, que rodam modelos matemáticos. O que eu fiz foi trazer isso para a escola, trazer ciência de ponta para o aluno. Chega de ciência da década de 30. E o meu projeto é fazer o equipamento custar o mesmo que um livro didático, e ser de código totalmente aberto e público. Teremos quatro universidades americanas implementando o protótipo em escolas secundárias a partir de 2012, além de escolas na Tailândia e na Rússia.
Como a ciência pode ajudar a despertar o interesse do aluno pela escola?
Ciência é um instrumento de cidadania. Os problemas do mundo moderno são muito mais complexos que antes - aquecimento global, neurociência, etc. Precisamos entender tudo isso para votar, participar do debate público. Mas para criarmos mais cientistas e engenheiros, temos de ensinar de um jeito motivador, fazer o aluno gostar de ciência e engenharia. Boa parte do meu trabalho é criar formas de ensinar ciência e matemática com o que chamamos de "motivação intrínseca". Você já ouviu falar de alguém que virou ator mas detestava as aulas de teatro?
Como podemos aplicar isso no Brasil?
Muita gente acha que no Brasil só podemos fazer o básico porque não há dinheiro para a educação, muito menos para tecnologia. Não é verdade. Há dez anos me disseram que não dava para fazer robótica educacional no Brasil porque os kits custavam US$ 300. Eu voltei para o Massachusetts Institute of Technology (MIT) e, com meu colega Arnan Sipitakiat, fiz uma placa de robótica de US$ 20, a GoGo Board.
Como você vê a educação no Brasil hoje?
O Brasil está avançando, mas precisamos de um consenso nacional sobre o que queremos. Às vezes queremos imitar Cingapura, outras vezes a Holanda, sendo que esses países têm sistemas completamente diferentes. Ficamos correndo atrás de rankings internacionais do mesmo jeito que corremos atrás do ranking da Fifa, sem saber o que eles medem. Hoje temos uma chance rara - com todo o crescimento econômico da última década, podemos reinventar a educação brasileira. Poucos países têm essa chance. Mas precisamos parar e pensar o que queremos, a escola da Coreia do Sul, baseada na decoreba, ou a da Finlândia, baseada na liberdade do aluno e do professor. Os dois são líderes. Precisamos fazer escolhas.
Quais são os nossos principais problemas na educação básica?
Uma parte da educação pode ser padronizada, uma parte não pode, depende do nível de renda, da família, da região, da cultura. Para isso, precisamos de professores treinados para fazer as duas partes - a parte mais técnica, de ensinar o currículo, e a parte mais sofisticada, de adaptar o currículo à realidade local. Professor autômato não funciona.
Você pretende trazer seus projetos para o Brasil?
Adoraria, mas quando estiverem no ponto certo. Vou implementá-los na Rússia, na Tailândia, por que não no Brasil? Só precisamos de bons parceiros. Meu sonho é ajudar a educação brasileira. Continuo desenvolvendo tecnologia de baixo custo, justamente por isso.
QUEM É
É mestre pelo MIT Media Lab e doutor pela Northwestern University. Hoje, dá aula nas áreas de educação e de engenharia da Universidade de Stanford, onde dirige um dos principais
laboratórios de tecnologia educacional dos EUA. 

Estadão

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Frases para Levantar Auto Estima


Quando você quer alguma coisa, todo o universo conspira para que você realize o seu desejo.
Paulo Coelho
Aprenda como se você fosse viver para sempre. Viva como se você fosse morrer amanhã.
Mahatma Gandhi
De modo suave, você pode sacudir o mundo.
Mahatma Gandhi
    Você foi a esperança nos meus dias de solidão,a angústia dos meus instantes de dúvida, a certeza nos momentos de fé.
    Paulo Coelho
    Dê a quem você ama: asas para voar, raízes para voltar e motivos para ficar.
    Dalai Lama
    Primeiro eles te ignoram, depois riem de você, depois brigam, e então você vence.
    Mahatma Gandhi
    Uma coisa é você achar que está no caminho certo, outra é achar que o seu caminho é o único. Nunca podemos julgar a vida dos outros, porque cada um sabe da sua própria dor e renúncia...
    (Na Margem do Rio Piedra Eu Sentei e Chorei)
    Paulo Coelho
    Se você não acorda cedo, nunca conseguirá ver o sol nescendo. Se você não reza, embora Deus esteja sempre perto, você nunca conseguirá notar sua presença.
    Paulo Coelho
    Ame profunda e passionalmente. Você pode se machucar, mas é a única forma de viver o amor completamente.
    Dalai Lama
    Seja a mudança que você quer ver no mundo.
    Dalai Lama
    Seja a mudança que você quer ver no mundo.
    Dalai Lama
    Viva uma vida boa e honrada. Assim, quando você ficar mais velho e pensar no passado, poderá obter prazer uma segunda vez.
    Dalai Lama
    · Julgue seu sucesso pelas coisas que você teve que renunciar para conseguir
    Dalai Lama
    Ame profunda e passionalmente. Você pode se machucar, mas é a única forma de viver o amor completamente.
    Dalai Lama
    O segredo não está no que você diz, mas na maneira como você diz.
    Paulo Coelho
    Algumas pessoas têm amor por você, outras têm raiva. O que sentem nem sempre depende de seu comportamento. As reações delas às vezes são justas, outras vezes são injustas. Dê sem contabilizar. E esteja atento às necessidades delas.
    Dalai Lama
    Você nunca sabe que resultados virão da sua ação.
    Mas se você não fizer nada,
    não existirão resultados.
    Mahatma Gandhi
    Você tem que ser o espelho da mudança que está propondo. Se eu quero mudar o mundo, tenho que começar por mim.
    Mahatma Gandhi
    "Se você quer transformar o mundo, experimente primeiro promover o seu aperfeiçoamento pessoal e realizar inovações no seu próprio interior."
    Dalai Lama
    Se o seu coração é absoluto e sincero, você naturalmente se sente satisfeito e confiante, não tem nenhuma razão para sentir medo dos outros
    Dalai Lama

    segunda-feira, 1 de agosto de 2011

    No CE, programa incentiva que pais participem da gravidez das esposas

    Projeto foi batizado de "pais grávidos".
    Redução de mortalidade materna e infantil é notável.

    Do Globo Rural
    Conforto no colo do pai, assim tem sido nos três primeiros meses de vida de João Pedro. Além da atenção e do carinho, ele recebe os cuidados paternos enquanto a mãe descansa.

    Em Itaiçaba, na região do Vale do Jaguaribe, no Ceará, gravidez também é coisa de homem. Tudo começou com a criação do projeto “Pais Grávidos”, há 10 anos. A ideia é incentivar os maridos a participar de todo o processo de gestação das mulheres, acompanhando as consultas, os exames, um apoio nesse momento tão delicado para as futuras mães.

    A companhia faz toda a diferença. Pequenas doses de carinho também são recomendadas e além da força emocional, a presença dos pais também é importante para o caso de uma emergência.

    “Ao sinal de um sangramento, ao sinal de uma febre, de uma perda de líquido, de algum outro tipo de secreção, de uma dor que não vinha acontecendo, o pai tem que reconhecer e trazer a companheira para o atendimento médico", orienta a enfermeira.

    O trabalho refletiu no combate à mortalidade materna e infantil do município. Desde que o projeto foi implantado, há 10 anos, nenhuma mulher morreu na gestação ou no pós-parto e as mortes de bebês foram reduzidas em 66% nos últimos três anos. Em 2010, uma única morte foi registrada entre 112 nascimentos.

    "Percebemos que quando chamamos os pais, a mulher se sente fortalecida, mais segura, mais dona de si. Quando o pai participa do pré-natal, dos exames, vai à consulta, ele faz perguntas e isso é enriquecedor porque a mãe se sente amada, protegida. Na hora do parto também é importante porque ajuda o parto natural", conta Genilse Oliveira, coordenadora do projeto.