domingo, 22 de janeiro de 2012

Em 10 anos investimento em educação infantil aumentou 0,1% do PIB

O Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (Inep) divulgou um balanço do investimento público em educação nos últimos 10 anos, incluídos os esforços dos governos federal, estadual e municipal. O porcentual que o Brasil reserva do Produto Interno Bruto (PIB) para a área é de 5,1%, apenas 1,2 ponto porcentual do que há 10 anos. A etapa com a menor fatia é a educação infantil que recebia 0,3% do PIB em 2000 e uma década depois chegou a 0,4%.


Os anos iniciais do ensino infantil, 1º ao 5º ano, ficam com 1,6% do PIB contra 1,3% que tinham na virada do milênio e os anos finais, 6º ao 9º ano, saíram de 1,1% para 1,5%.
O ensino médio, que tem os piores indicadores em avaliações e dados de evasão, também ficam com porcentual menor, atualmente em 0,8% do Produto Interno Bruto. A educação superior, embora tenha o mais elevado investimento por aluno, como ainda atende apenas 15% da população, ficou com 0,8% do PIB em 2010, contra 0,7% em 2000.
Foto: Reprodução
Documento divulgado pelo Inep mostra evolução do investimento em porcentual do PIB
Os dados foram divulgados no momento em que o Brasil amarga mais de um ano de atraso na votação do Plano Nacional de Educação (PNE) exatamente pela queda de braço das entidades ligadas à educação e o governo em relação ao porcentual do PIB que será estabelecido até 2020. O governo federal enviou projeto ao Congresso que colocava como meta chegar a 7% ao final desta década. As entidades pediam 10% e o senado apresentou uma proposta de 8% que incluí investimentos indiretos, como bolsas em faculdades particulares.
A educação infantil, que tem atualmente o menor porcentual é a que mais precisa da aprovação de um investimento maior. A meta para esta etapa é a primeira das 20 que constam no documento. Na proposta do governo ela prevê que até 2016 todas as crianças de 4 e 5 anos estejam na escola e, até 2020, 50% das de até 3 anos. A proposta do Senado acrescenta que até 2016 as vagas para crianças de até 3 anos cheguem a 30%. 

IG

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